quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

As Cavernas de Carlsbad - Novo México

Extração de petróleo
17-1-2017

Depois de 600 Km, chegamos a Hobbs, no Novo México (Country Inn). Passamos a noite ali e de manhã seguimos rumo a Carslbad. De Hobbs às cavernas são 160 km. No caminho, na paisagem árida, destacam-se os pontos de extração de petróleo, com os reservatórios logo ao lado. Eram muitos desses pelo caminho...




Enfim chegamos ao Carlsbad Caverns National Park!!! Da entrada do parque (placa abaixo) até o acesso às cavernas são 7 milhas.

O tempo estava nublado, mas para o passeio nas cavernas isso é irrelevante. A temperatura externa também não influencia o clima da caverna, que é praticamente constante em 13 graus. A entrada custa U$ 10,00 por adulto e criança não paga. São duas formas para acessar a caverna: de elevador, de uma altura equivalente ao Empire State, ou a pé, por uma trilha de 1.600 metros.  Ambos chegam à "Big Room", portanto o desnível da trilha é de 230 metros! Optamos por ir a pé!!! A trilha tem início na entrada natural da caverna, utilizada pelos exploradores.

Entrada da caverna

Ainda entrando na caverna... tem muito mais descida pela frente
E continuamos nossa descida! Achamos que vale muito a pena ir a pé. Claro que o elevador é mais rápido e menos cansativo, mas a trilha é bem feita, toda pavimentada e com corrimão. Sem qualquer perigo de se perder. É possível apenas levar água e não tem banheiros no caminho, apenas no final da trilha, onde também se encontram os elevadores, uma loja e uma lancheria.


Luz que ainda entra pela entrada natural


Mais descida!!!!

Aqui dá para ter uma ideia do tamanho das estalagmites

E ainda não  chegamos...
Depois da longa caminhada chegamos na "Big room", parte que, além da descida, é possível explorar sem guia. Para fazer todo o percurso desta parte, tem outros 1.600 metros de caminhada!!! Não se preocupem, que a subida é de elevador!!! Foram 4 horas para todo o passeio, com bastante paradas para fotografia.



A história das cavernas começou há 250 milhões de anos, com a formação de um recife, que media 640 km de extensão, no mar que havia naquele lugar.  O recife era formado de restos de esponjas, algas e conchas. Com o tempo o mar evaporou e o recife foi enterrado. Com o movimento das placas dos continentes e o levantamento das montanhas de Guadalupe, a água das chuvas penetrou por grutas e por falhas da pedra de calcário, dissolvendo lentamente a pedra. Ao mesmo tempo, a água rica em enxofre se desprendeu dos extensos depósitos de petróleo e gás que ainda hoje existem na região. O ácido sulfúrico que se formou terminou de dissolver o calcário que havia, abrindo fraturas e falhas e formando as câmaras gigantes que existem hoje.

Com a elevação das montanhas, criaram-se corredores estreitos e verticais, conectando as várias câmaras. As estalactites, estalagmites e outras formações começaram há cerca de 500.000 anos. A criação de cada formação dependia da água que gotejava ou penetrava abaixo na pedra calcária e para dentro da caverna, ou seja, a água carregava CO2 para baixo e esse se combinava com o cálcio da pedra, formando o mineral calcita (CaCO3), que é a base da formação de quase tudo que tem na caverna. A água que caía formava os canudos e estalactites e a água que chegava ao solo formava as estalagmites. Quando as estalactites e as estalagmites se fundiam, formavam as colunas.






Emerson e Cecília na trilha, para dar uma ideia da dimensão da caverna!
 Portanto, esse lugar que atualmente tem mais de 1.000m de altitute era banhado pelo mar!

Eu tentei, mas as fotografias não traduzem o quanto esse lugar é impressionante. Para mim, foi o equivalente ao Grand Canyon.

No caminho de volta, ainda fomos presenteados com esses animais:


E lá fomos nós para mais 90 Km de estrada até a pequena cidade de Artesia (La Quinta Inn & Suites), apenas para uma noite de sono, porque tínhamos mais do Novo México para conhecer!!!

2 comentários:

  1. Simplesmente UAU!!!
    Acompanhando vocês...
    Aproveitem!!! Beijos, Rosi e Chimia

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    Respostas
    1. E o Ramiro?
      Obrigado pela parceria de viagem (por enquanto virtual).
      Abraço! Emerson

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